quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Capítulo 3 - Eu voltei, de novo!

Dor. Minha cabeça doía. Era uma batida constante em minha cabeça, que me fazia tremer até os dedos dos pés. Levei minhas mãos até meus olhos, esfregando-os para poder clarear as ideias. Abri meus olhos calmamente, encontrando um foco de luz branca vindo de uma lâmpada.
Estava em um hospital. O quarto claro, tinha as cortinhas bege, tinta branca nas paredes e três móveis no quarto. Nada de cortinas vermelhas, tapetes, sofás e espelhos. Nenhum cuidado no quarto.
- Bom dia, garota! Como você está?
Ouvi uma voz toda animada, interrompendo os meus pensamentos
- Eu? Eu estou melhor, obrigada!
O sorriso aberto em seu rosto era otimista. Os olhos claros, eram azuis profundos ... olhando por um certo tempo, comecei a mergulhar em sua imensidão. Me lembravam de alguém.
- Você vai ter que passar em alguns testes.
Testes? Acho que não, doutor.
Levantei em um movimento rápido, o que fez seus músculos ficarem tensos por baixo do uniforme azul. Me aproximei, olhando-o fixamente e pedindo desculpas pelo susto. Foquei meus olhos nos dele, me concentrando.
- Como você me achou?
- Uma enfermeira encontrou você no jardim do hospital, com sérias queimaduras.
- Meus pertences?
- Estão no arquivo do hospital.
O sorriso dele era bonito, já falei isso? Ele era um pouco mais alto do que eu, musculoso demais para ser um médico. Mas, aparentemente, acho que era. Cheguei mais perto, deixando o seu perfume me incendiar.
A sede veio como em um baque. Fechei a porta, deixando as presas saírem da minha boca e agarrei o seu pescoço, prendendo-o com meus braços. O sangue fluía dentro do meu corpo, me recuperando pouco a pouco. O corpo foi ficando cada vez mais fraco, mais fraco ... até que ele se foi.
Limpei minha boca, vestindo o uniforme dele. Levei-o até o necrotério, passando pelo arquivo e pegando minha corrente. Saí do prédio antigo, dando adeus e tentando reconhecer o lugar, mas não lembrava de nada. Devia ter exagerado na dose, dessa vez.
Andei lentamente pela rua, até chegar a um parque, muito bonito. Escondi-me atrás de uma árvore, e agora, só me faltava esperar. E ainda bem que não demorou muito. Um casal de adolescentes! Ah, eu amava adolescentes: sempre descuidados.
- Aqui, Bells, deita ...
- Aqui? Ah, não! Eu quero ir para a sua casa.
- Já disse que lá em casa não podemos ficar!
Olha, ele merecia um soco na cara por falar assim. Mas homens ficam descontrolados quando não tem o que querem. Então eles começaram no amasso. Me segurei para o riso não me denunciar. As mãos dele percorriam a barriga da moça, ela indecisa entre deixar a mão desligar para cima e para baixo. Precisava de uma brecha. É agora, Katherine.
- O que fazem por aqui, sozinhos?
E quando eles olharam, nem deu tempo de correr. Quer dizer, o peguei primeiro, porque era fortão, e depois a garota. Consegui me satisfazer por completo. Peguei os corpos, e comecei a arrastá-los para dentro da floresta, perto do cemitério. Enterrei os dois facilmente, quando ouvi um barulho.
Cemitério? Quem estaria lá? Escondi-me entre as árvores para checar melhor. Foi quando a vi.

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