segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Capítulo 14 - Só pode ser brincadeira!

Ás vezes era difícil me manter focada. Mas eu necessitava disso, não podia deixar que um beijo distraído ou uma surpresa me tirasse do meu objetivo inicial. Não, já que eu comecei, eu teria que seguir o plano, certo?
Segui as três mosqueteiras até o ginásio da escola. Elas sempre andavam grudadas e além de estranho, era uma droga. Nunca encontrava Elena sozinha. Falando nela, hoje em particular, a sua cara estranha estava diferente, com um tom de preocupação.
- Eu só queria dizer a Stefan aonde eu vou.
- Elena, ele pode viver sem você.
Eu ri, gostava a cada dia mais dessa druida. Senti uma pontada de ciúmes ali.Amarrei o meu cardaço do tênis branco e prata, e movimentei-me para dentro do ginásio, sem ser percebida. Elas eram extremamente cegas, pois passei bem ao lado, levantando um vento proposital e elas nem sentiram.
O ginásio era um salão imenso e vazio. Ótimo para festas. Acho que elas teriam um trabalho do tipo, e claro, eu me auto-convidei. Elas se sentaram na arquibancada, um conjunto de fileiras com bancos de madeira dispostos horizontalmente no grande lugar. As mãos pequenas e finas brincavam ansiosamente com as canetas, que escreviam palavras aleatórias no bloco de notas.
- Cadáver Sangrento! Sim, a gente tem que ter um, Elena!
Acho que eu poderia ser útil por aqui!
- Quem vai ser o Cadáver?
É, eu tenho uma idéia, cópia. Dica: começa com “E”.
- O treinador Lyman.
Não, errou.
- E poderíamos ter druidas. Porque eles inventaram o Halloween. Eles tinham .... E faziam sacrifícios para isso. Não podíamos .... Sacrificar alguém.
É fato: eu adoro essa druida. Mas o resto da decoração me parecia muito falso, elas não tinham o espírito de Halloween. Eu adorava o Halloween, principalmente dos anos 80, isso sim que era festa! Elas precisavam de minha ajuda para entrar no clima.
Do meu lado, pude notar uma seção de luzes. Sim, eu tive uma idéia. Diminui a força letamente, deixando o lugar escurinho.
- Ah, não!
- Não consigo ler nada, gente.
- Deve ser algo errado com o gerador. Vamos chamar o zelador, Bonnie.
A druida foi puxada pela altona para fora, mesmo não estando com muita vontade de deixar a amiga sozinha.
- Elena, não deixe ninguém entrar.
Isso mesmo, quero ficar sozinha com você, sem ninguém para interromper, cópia. A porta do ginásio se fechou e ela, olhou instantaneamente para a meia-escuridão. Lentamente, eu levantei do chão, limpando a minha calça jeans que estava com pó por causa das arquibancadas mal-limpas. Que nojo, pelo menos a minha escola era completamente limpa, não querendo me gabar, é claro. Peguei o meu cabelo liso, arrumando em um coque e tirando do meu rosto, a fim de não sujá-lo (tinha gasto uma grana com a hidratação dele, depois da queda no barro, na pensão).
Ultrapassei as arquibancadas, pronta para sair da escuridão profunda dessa parte do ginásio, quando um vento frio atingiu o meu peito. Uma onda de poder muito forte, um vampiro. Droga, quem era? Ela sentiu também algo diferente na escuridão. Seus olhos se arregalaram para a parte perto de mim, sua respiração ficou ofegante (e a minha também) e ela girou seu corpo em direção a porta de saída. Seria Klaus? Não, não deve ser. Se depois desses anos ele não soubesse me diferenciar a distância, teria que comprar um bom óculos para ele. Uma névoa cinza tomava forma, invadindo o ginásio frio.
Droga, névoa? Eu conhecia esse truque.
Sentindo o perigo, ela começou a correr para a saída, quando pude sentir um grito preso em sua garganta. Sim, era ele. E ali, com ela. Depois eu que sou a feiticeira. Usando uma voz suave e agradável, com um tom de gentileza, ele disse:
- Desculpe por ter assustado você.
Seu rosto pálido e suas fortes feições chamaram a atenção dela. O cabelo escuro e liso, estava desconcertado, bem como o sorriso de arrogância que estava em seu rosto. E ele estava vestido inteiramente na cor preta. Céus, ele tinha entrado numa fase meio emo depois que o deixei. Bem, eu não posso culpá-lo.
- Como foi que você entrou?
Pergunta tosca, cópia. Muito filme adolescente isso.
- Pela porta.
Eu ri. Ele não era a coisa mais engraçadinha e cute de todo o mundo?
- Todas as portas estão trancadas.
- Estão mesmo?
Ele adorava fazer esse jogo, aprendeu comigo.
- Deviam estar!
- Você está zangada. Eu pedi desculpas por deixá-la com medo.
- Eu não tenho medo!
Péssima mentirosa.
- Só tomei um susto. O que não é de se admirar, com você zanzando pelo escuro, desse jeito.
- Coisas interessantes acontecem no escuro.
Isso é verdade. Peguei um sorriso no seu rosto, devia estar lembrando-se daquela vez que eu...
- Veio procura alguém?
- Ah, sim.
Ele se aproximou dela, fitando os seus olhos arregalados. Ah, ele ia fazer o negócio com os olhos, droga! Eu amava isso, que saudades. Faz comigo isso, Damon!
- Sim, eu procuro alguém.
Ela não estava respirando. Se mecha minha filha, ou ele vai entrar na sua boca, logo. Ou você quer isso? Ah, que ódio! Eu vou lá. Mas ela se virou no instante, com a mente confusa e distante.
- Não! Vou ... Eu vou sair agora. Se você está procurando alguém, melhor procurar em outro lugar.
Isso, corra já daí. Ela abriu a porta, quando a voz cortante de Damon atravessou o ginásio, cortando o meu coração morto.
- Talvez eu já a tenha encontrado.

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