quarta-feira, 2 de março de 2011

Capítulo 15 - Devaneios e Reflexões

Eu não acreditava que Lexi ainda não havia vindo para a pensão. Não que eu morreria sem ela ou coisa do tipo, mas ela fazia muita falta, isso eu tenho que admitir. E devido a certos acontecimentos, eu queria tê-la por perto, ela poderia me ajudar. Mas onde ela está? Não faço a mínima ideia. Bem, quando ela voltar, ela vai ouvir muito.
Eu não gostava muito de ficar sozinha com tantos humanos por perto, principalmente gente desconhecida. Não que eu tivesse medo que estivesse rodeada por uma Buffy ou um Blade, mas a convivência com os humanos era algo difícil. Apesar de não ser mais uma vampira jovem (é, eu não acredito que eu me chamei de velha), o controle é algo que ainda me falta algumas vezes, principalmente quando as pessoas ao seu redor conseguem ser tão irritantes. O ser humano é algo tão complicado ... o poder os fascina e qualquer chance de se mostrar melhor que os outros, é encarada como uma grande oportunidade de se mostrar melhor que os semelhantes. Para mim, é tudo uma questão de baixa auto e ego mal alimentado. Falando em sede de poder, fazia tempos que não visitava John, por causa do trabalho, escola e perseguição, mas eu não acreditava na falta que ele me fazia. Tomei um banho demorado, esfregando bem a cabelo que ultimamente estava uma porcaria e segui para fora da pensão, olhando como todos se agitavam com a vinda do final de semana. O final de semana era também algo poderoso sobre os humanos.
Atravessei a rua distraidamente, olhando como a lua cheia centrava-se na noite profunda, sem estrelas. Me lembrava um filme antigo, que esqueci o nome totalmente. É, eu conhecia filmes antigos porque eu ... era antiga (aaaaa, eu lembrando que sou velha de novo?). Segui pela parte da floresta, que estava especialmente bela nessa noite, o vento frio passava pela minha volta, me despertando e fazendo com que eu pensasse melhor sobre a minha situação e não via o menor sentido na coisa.
Olhei em frente, observando o topo das árvores, quando senti um poder. Sim, era um poder ... e era forte. O poder na verdade é a presença que cada ser possui na Terra, mas são poucos que podem sentir. Já tinha calibrado o meu radar de poderes a tempos, mas nessa cidade ele disparou, pois sempre havia um alerta e eu nunca descobria de onde vinha. Ás vezes podia ser Damon zanzando por aí ou Stefan correndo atrás da minha cópia, mas esse poder era diferente. Não forte e pretensioso como o de Klaus, que eu temia que estivesse rondando por ali, mas um poder diferente, sobrenatural...
Fechei os olhos e deixei a minha mente limpa, tentando me aprofundar ... estava na floresta. Eu tinha que checar, para minha própria segurança... sim, definitivamente havia algo ali. Passei pelo cemitério, seguindo até uma ruína. Era uma igreja, aquela que Elena havia entrado...
Entrei e passei pela passagem corroída pelo tempo, a presença ficando mais forte. Chequei todas as partes, encontrando um túmulo entreaberto. Coloquei as mãos sob a pedra gelada, observando como ela deslizava ao meu toque. Estava meio escuro, por isso tive um receio de abrir, mas eu tinha que ir.
Se for fundo eu não entro, se for fundo eu não entro, se for fundo eu não...
Joguei uma pedra para checar a altura, e o lugar não era profundo. É, eu tinha que descer. Passei pela abertura, chegando ao chão sem problemas ... andei pelo corredor escuro, quando senti um vento frio passando ao meu redor.Droga, o poder estava aqui.
Peguei o isqueiro que estava no meu bolso, acendendo-o. Dei uma volta completa e parei o meu olhar, que se fixou na coisa branca flutuante, que estava perto da parede e me encarava. Que raios é isso?

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