sexta-feira, 4 de março de 2011

Capítulo 21 - Me encontre a meio caminho

O dia estava claro, o sol centrado no meio do céu e uma pequena brisa suave tocava o meu rosto. De passagem pela cidade, lembro-me dos dias que passava por ali e ficava com medo do sol, escondendo-me sempre que possível. Papai achava que era a doença voltando, mas ele aceitava minhas idas e vindas para casa e toda a estranheza depois daquele dia. É, eu não gostava de lembrar-se daquele dia, ou melhor falando, daqueles dias em que não pude sair da cama, que minha dor era tão profunda, que me consumia e que os gritos não paravam de sair de minha boca. Outch, dói só de lembrar isso.
Estava o acompanhando em mais uma viagem pela cidade, dessa vez íamos ficar hospedados na casa do Sr. Salvatore. Ele era um homem muito rico e meio arrogante, típico de todo o pessoal da região ... detestava todo esse machismo. Aliás, não gostava de ter que seguir certos padrões, mas .... em poucos anos, não precisaria mais seguir, afinal, todo mundo que conhecido estaria lá no inferno.
Cheguei à exuberante casa, cercada por jardins e flores lindíssimas. Não notei nenhuma senhora, supostamente mulher dele e nem outra qualquer mulher. Estranho.
Subindo para o meu quarto, deixei que o sol entrasse pelo quarto, aquecendo as cobertas e fazendo com que meu cabelo brilhasse na luz. Espalhando minhas coisas, peguei minha escova e alisando o meu cabelo, fui até a janela, que proporcionava uma linda vista do jardim. Foi quando vi um garoto, de cabelo liso marrom que brilhava sob o sol e destacava a sua pele clara. Seus traços eram refinados, seus olhos pareciam de um gato ... ele me olhou. Nesse instante, meu coração parou ... não que ele estivesse em movimento, mas ... eu parei. Ele piscou para mim, sorrindo em seguida. E então, o momento foi quebrado por uma batida na porta. Uma voz doce, de homem, batia a porta. Será que ele subiu tão rápido aqui? Não, não podia ser ... Abri a porta e encontrei um rapaz semelhante ao que vira há pouco tempo, só que seus traços eram mais rudes, seu cabelo encaracolado e seus olhos eram doces, gentis. Ele abriu um sorriso, me fazendo sorrir também. Stefan, ele se apresentou e indicou o caminho para o jardim ...
lá, me mostrou um lugar lindo, embaixo de uma árvore, onde a vista me encantava ... A claridade ofuscava meus olhos, então, quando a conversa foi se dissipando, ele se pôs na minha frente para olhar nos olhos e pedir mais informações sobre mim. No momento em que uns fios romperam a barreira do olhar fixo dele, senti suas mãos leves tirarem do caminho tal barreira. Seu toque foi gentil e quente ... quente que não sentia há tanto tempo. Quando abri os olhos, não era Stefan que estava na minha frente, mas o garoto que vi tempos antes. Damon, era o nome dele. Pude sentir por trás dele o sentimento de fúria vindo de Stefan, que empurrou para o lado o irmão, postando-se a minha frente. Depois de ouvir confusa a história dos dois, sorri gentilmente e fomos jantar. Já no quarto, deito-me na cama suntuosa e no meio da noite, ouço uma profunda batida na porta.

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